Hábitos são como robôs, construídos para tornar algo que é repetitivo numa atividade mais rápida e com menos consumo de tempo e energia.

A questão é que nem tudo que é repetitivo é útil, nem todas as etapas de uma atividade tem valor diante do objetivo final.

A pior solução que existe é automatizar algo sem ter a clareza do seu impacto em relação ao todo. 

Palavra de quem já trabalhou com RPA (automação de processos robóticos)!

É comum, no mundo dos negócios e na vida, diante da falta de habilidade ou de disposição para avaliar qual a melhor decisão, escolher uma saída aleatória preferida, e depois repeti-la. 

Enquanto o processo é manual, pode-se culpar várias coisas pela falta de resultado. Quando é automatizado fica evidente que a saída mais bonita sem análise fria não leva ao resultado desejado. 

Só que aí esbarram nos custos para corrigir o erro inicial, e acabam criando diversos processos paliativos.

Na vida isso acontece, por exemplo, quando você se habitua a se sentar com determinada postura, e só percebe o dano quando sua coluna entorta. Quando você toma açúcar com café, e sua veia entope. Quando você pratica um idioma com a pronúncia errada (mesmo a sua língua materna).

Isso acontece sempre que fazemos coisas nocivas ao nosso bem estar e saúde física e mental, de forma repetida criando um hábito, e muitas vezes um vício (como é o caso do café). 

O grande problema das inteligências artificiais que funcionam no modo “mais ou menos” é que elas são construídas por inteligências humanas que possuem um emaranhado emocional, que as faz automatizar problemas, da mesma forma como fazem com suas próprias vidas. 

A inteligência artificial não cria desculpas para passar pano para soluções malfeitas. Elas dão pane de imediato! Nós humanos, porém, nos arrastamos com soluções paliativas até os problemas decidirem por nós! 

É hora de perdemos o hábito de procurar saídas aleatórias que pareçam resolver um problema que muitas vezes não sabemos qual é.

Entenda o que precisa ser resolvido, aja quando estiver preparado, e mesmo assim esteja consciente dos riscos, teste, e já deixe os recursos à disposição para reparar possíveis erros o mais rápido possível.

Paliativo não é solução.